Retrato de John Methuen (1650-1706), de Adrien Carpentiers.
O Tratado de Methuen foi um tratado militar e comercial entre Inglaterra e Portugal que foi assinado em 1703 como parte da Guerra da Sucessão Espanhola.
O tratado estipulava que nenhum imposto maior do que o imposto cobrado por uma quantidade igual de vinhos franceses poderia ser cobrado por vinhos portugueses (mas veja abaixo) exportados para a Inglaterra, e que nenhum têxtil inglês exportado para Portugal seria cobrado qualquer imposto, independentemente do situação geopolítica em cada uma das duas nações (para garantir que a Inglaterra ainda aceitaria vinho português em períodos em que não estivesse em guerra com a França).
Os resultados do acordo foram misturados. Do lado negativo, o país não iria desenvolver as suas infra-estruturas industriais (e por isso se poderia dizer que perdeu a corrida industrial) e outros tipos de produtos agrícolas, mas isso é discutível, já que este período viu o surgimento de outras indústrias em Portugal, como a fabricação de porcelana. Algumas das fábricas que apareceram nesse período ainda existem.
Do lado positivo, Portugal manteve uma forte posição política numa etapa que se revelou fundamental para preservar a integridade territorial da sua mais importante colónia, o Brasil, como defende o economista brasileiro Celso Furtado, na sua obra "Brazilian Economic Foundation" .