D. Carlota Joaquina de Bourbon
(25/04/1774 – 07/01/1830; casamento com D. João VI - 1785)
D. Carlota Joaquina era filha de Carlos IV e irmã de Fernando VII de Espanha. Em 1785, casou com o futuro D. João VI, uma união que aproximou os dois reinos ibéricos.
Em 1805, Carlota Joaquina tentou usurpar o governo ao marido, que a exilou da corte. Dois anos depois, mudou-se para o Brasil, com o resto da família real, fugindo das tropas de Napoleão . Durante a Guerra Peninsular, quando o pai e o irmão foram depostos, lutou para obter a regência de Espanha e das colónias espanholas do Rio da Prata, sem sucesso. Regressada a Portugal, recusou-se a jurar a Constituição de 1822, tornando-se uma das principais defensoras do partido absolutista, encabeçado pelo seu filho D. Miguel.
Figura controversa, gerou ódios por parte dos seus detratores, que a acusaram de adultério e traição, atribuindo-lhe os piores defeitos. Foi a última consorte portuguesa a possuir Sintra, que recebeu, juntamente com as restantes terras das rainhas, quando o seu marido ascendeu ao trono, em 1816. Quatro anos após a sua morte, e com a implantação do Regime Liberal em Portugal, a Casa e Estado das Rainhas foram extintos.
Default timespace