Instaurada a 5 de outubro de 1910, os primeiros anos da República Portuguesa foram um período de grande instabilidade política e social, não conseguindo resolver muitos dos problemas que já afetavam a fase final da monarquia. Durante os primeiros 16 anos, houve 8 presidentes da república, 7 parlamentos eleitos e 45 governos.
Em 1911 foi promulgada uma nova Constituição e uma lei que, pela primeira vez, separava o Estado da Igreja. A laicização do Estado foi uma das grandes prioridades do regime republicano, o que se traduziu na eliminação de quaisquer apoios públicos às instituições religiosas e no afastamento de muitos membros da Igreja Católica. Na década seguinte, os republicanos investiram no fortalecimento do regime, abafando qualquer tentativa de restauração da monarquia. Com o objetivo de afirmar o novo regime ao nível internacional, os republicanos apoiaram a participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial, que acabou por se traduzir num enorme desastre. No final da década surgiram alguns movimentos, alguns de caráter autocrático, que desejavam implementar reformas estruturais no regime, como é o caso do movimento político liderado por Sidónio Pais.
As dificuldades económicas, o descontentamento perante a participação portuguesa na Grande Guerra e a permanente confrontação entre as diversas fações políticas republicanas contribuíram fortemente para o desgaste da imagem da República. Em maio de 1826, as forças armadas revoltaram-se e impuseram uma ditadura militar, terminando com o ciclo democrático da I República.
Manuel de Arriaga, primeiro Presidente da República
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