Neste período (1838-1844) decorrem obras para que o Palácio fique habitável e adaptado a novos ambientes domésticos. A Família Real a partir desta época passa a habitar regularmente em Sintra.
Em 1850 é executada uma planta detalhada da Vila de Sintra e do Palácio. Essa planta constitui um importante testemunho para se compreender os edifícios que fechavam o Terreiro e o Jardim da Preta - onde se alojavam os membros da corte: almoxarife; camaristas; criados; farmacêutico; guardas da cavalaria; e cozinheiros. Estes edifícios foram demolidos após a Implantação da República (ver planta). Fora do Palácio ficavam as habitações da alta nobreza portuguesa, identificadas na legenda na parte inferior da planta "Casas e Quintas mais Notáveis", onde constam Duque de Saldanha (nº80), Marquês do Faial (nº81), Marquês do Pombal (nº82), Condessa da Póvoa (nº83), Condessa de Murça (nº84), entre outros.
O ideal romântico do século XIX renova o interesse por Sintra, buscando nela o deleite por cenários naturais. Escreveu Felix Lichnowsky, em 1842, o seguinte:
«(…) quanto mais tempo me demorava em Sintra tanto mais aprazível me parecia e mais sonhadoramente romântica; Até que, quando finalmente me foi forçoso partir, repassou-me um tão íntimo desgosto (…) Essas frescas veredas cobertas de folhagem, o crescimento majestoso e exuberante da vegetação; as cascatas e frígidos regatos, as montanhas e penedias, a perspectiva das campinas e do oceano, tudo isso nunca o esquecerei (…) proclamarei Sintra o mais belo de todos os sítios da Terra».
D. Pedro e D. Luís na Sala dos Cisnes do Paço de Sintra, 1843, William Barclay, aguarela sobre marfim.
Planta de 1850
Pormenor da Planta de 1850 - demarcado a azul os edifícios que foram demolidos depois da Implantação da República.
Planta (c.1836) - demarcado a azul uma sala grande do paço mandado construir por D. Manuel I que foi dividida para se criar aposentos. Este este espaço situa-se no piso abaixo da Sala Manuelina.
Vista de Sintra, 1829
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