Em 1495, o rei D. João II morreu sem deixar descendência direta, o que levou o seu parente mais próximo, D. Manuel, duque de Beja, a suceder-lhe no trono. D. Manuel era primo do rei defunto, neto do rei D. Duarte e irmão da rainha-viúva, D. Leonor.
Nesta segunda fase da dinastia de Avis, o rei de Portugal passou a ser o representante máximo de um império que se distribuía por quatro continentes. Com efeito, durante este período, a coroa Portuguesa aumentou consideravelmente os seus territórios ultramarinos, sobretudo após Vasco da Gama ter completado em 1498 a primeira viagem marítima entre a Europa e a Ásia. O sucesso da política expansionista portuguesa traduzia-se num forte controlo sobre portos e rotas comerciais no Atlântico, no Índico e na região mais ocidental do Pacífico.
Foi também durante o século XVI que a máquina imperial se aperfeiçoou, criando mecanismos administrativos cada vez mais sofisticados para gerir os vários territórios. Criou-se o Estado da India para gerir os territórios no Índico; estabeleceram-se as capitanias do Brasil para explorar o território sul-americano; fundou-se a Santa Casa da Misericórdia para prestar apoio social; reforçaram-se as ligações às ordens religiosas, como a Companhia de Jesus, para assegurar a conversão espiritual das povoações conquistadas; e criou-se um complexo sistema de licenças e contratos comerciais para assegurar a dependência de empreendedores privados à coroa portuguesa.
D. Manuel I
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