Mesossaurus tenuidens e a formação da Pangeia
Você consegue imaginar como seria o planeta se tudo fosse um supercontinente? Um só bloco de terra? Imagine um Espírito Santo sem litoral, um Brasil sem praias?! Era exatamente assim que era o mundo há cerca de 225 milhões de anos atrás, quando todos os continentes formavam um supercontinente que viria a ser intitulado de Pangeia.
A história dos Mesossauros e a forma como ela se relaciona com esse grande evento histórico que foi a Deriva continental evidencia a importância do registro fóssil nos mais diversos ramos da ciência, tendo um papel imprescindível nos estudos científicos ao apontar as mudanças e transformações que ocorreram e ainda ocorrem no planeta, já que os continentes, por exemplo, continuam se distanciando. A extinção desses pequenos seres aquáticos se deu há cerca de 283 milhões de anos.
A Pangeia e o Espírito Santo
Você consegue imaginar o Espírito Santo sem litoral, sem praias? Pode até ser algo difícil de se imaginar, mas essa era a realidade há cerca de 225 milhões de anos atrás, como já mencionado. Isso porque, o Espírito Santo como é conhecido hoje, rico em praias e com um lindo litoral, só passou a existir a partir do surgimento do Oceano Atlântico Sul, que nasce do fenômeno da Deriva Continental, do afastamento da América do Sul da África.
A história dos Mesossauros e a forma como ela se relaciona com esse grande evento histórico que foi a Deriva continental evidencia a importância do registro fóssil nos mais diversos ramos da ciência, tendo um papel imprescindível nos estudos científicos ao apontar as mudanças e transformações que ocorreram e ainda ocorrem no planeta, já que os continentes, por exemplo, continuam se distanciando. A extinção desses pequenos seres aquáticos se deu há cerca de 283 milhões de anos.
A Pangeia e o Espírito Santo
Você consegue imaginar o Espírito Santo sem litoral, sem praias? Pode até ser algo difícil de se imaginar, mas essa era a realidade há cerca de 225 milhões de anos atrás, como já mencionado. Isso porque, o Espírito Santo como é conhecido hoje, rico em praias e com um lindo litoral, só passou a existir a partir do surgimento do Oceano Atlântico Sul, que nasce do fenômeno da Deriva Continental, do afastamento da América do Sul da África.
Esses animais se alimentavam de pequenos crustáceos marinhos e usavam seus grandes e numerosos dentes para filtrar a água para capturá-los.
Como já mencionado, os fósseis de mesosaurus foram um dos fatores de validação da teoria da Deriva Continental. Por isso sua ocorrência geográfica se dava no mar intercontinental da formação Irati-Whitehill. A Irati está situada na bacia do Paraná, abrangendo os estados do Rio Grande do Sul a Goiás, incluindo São Paulo, e a formação Whitehill na bacia de Karoo, na África do Sul. Os Fósseis de Mesossauros são relativamente abundantes nos dois continentes.
Até hoje já foram mapeadas três espécies da família Mesosauridae, são elas: Mesosaurus tenuidens, Stereosternum tumidum, e Brazilosaurus sanpauloensis. Essa última é uma espécie descrita por Shikama e Ozaki em São Paulo no ano de 1966 e é conhecida por ocorrer apenas em território brasileiro.
O Mesossauro do Muses
O Muses possui em acervo uma réplica de um fóssil de Mesosaurus tenuidens, feita pela Oficina de Réplicas da USP e que está disponível para visitação. A peça foi doada pelo prof. dr. em paleontologia e diretor da instituição, Rodrigo Figueiredo.
Essa espécie exposta no Muses, Mesosaurus tenuidens, foi descrita em 1865 por Paul Gervais, um zoólogo e paleontólogo francês.
A peça exposta no Muses se trata de um Mesossauro jovem, com pouco mais de 30 cm de comprimento. O exemplar original foi descoberto no município de São Mateus do Sul, no estado do Paraná, na região da bacia de Irati, tendo a idade aproximada de 250 milhões de anos.
Planeta Terra com a formação da Pangea. Aproximadamente 225 milhões de anos atrás.
Esse supercontinente seria desfeito a partir do fenômeno da Deriva Continental, teoria proposta em 1915 por Alfred Wegner, um geofisico alemão que explorou os movimentos da crosta terrestre e do ar polar.
Você já parou para observar o mapa mundi? Pegue o mapa mundi e veja como os continentes formam um encaixe perfeito. Foi exatamente essa observação sobre o encaixe dos continentes que indicou para diversos estudiosos a possibilidade deles terem estado unidos em algum ponto da história geológica da Terra.
Mapa Mundi atual, pós fenômeno da Deriva Continental.
Para entender melhor o fenômeno da Deriva Continental é preciso compreender a teoria das Tectônicas de Placas. Essa teoria diz que a parte mais externa do planeta terra é formada por várias placas tectônicas que se movem constantemente. Esses movimentos desencadeiam diversos fenômenos, entre eles o da Deriva Continental, que é quando os continentes se agitam com o movimento das placas.
No passado, antes do fenômeno da Deriva ocorrer, a porção terrestre era única, ou seja, os continentes que hoje conhecemos como isolados, eram unidos.
Alfred Wegner, o nome por trás dessa afirmação, participou de diversas expedições ao redor do globo, fazendo observações importantes que dariam base para o livro que publicou em 1915, chamado “A Origem dos Continentes e Oceanos”. Em sua obra, o geofísico apresenta algumas evidências para fortalecer sua tese, tais como: o perfeito encaixe da África com a América do Sul; a glaciação que ocorreu na porção sul da Pangeia; rochas de diferentes continentes com a mesma estrutura e origem; e a ocorrência de fósseis da mesma espécie em continentes distintos.
Um desses fósseis usados por Alfred Wegner como evidência foi justamente o de Mesossauros, semelhante ao fóssil do animal que se encontra hoje no MUSES. Com base nos estudos paleontológicos, Alfred argumentou que para alguns desses fósseis, como o caso do Mesossauro, seria extremamente difícil que estes animais tivessem atravessado o oceano.
A teoria de Wegner, porém, não foi aceita pela comunidade científica vigente e infelizmente ele morreu sem comprová-la. A falta de aceitação da teoria de Alfred tinha como um dos motivos a impossibilidade que ele encontrava em responder qual ou quais seriam as forças responsáveis por mover os continentes. Mas como dito acima, depois de anos a teoria da Tectônica de Placas, na qual o planeta é dividido em placas que possuem capacidade de se movimentar por correntes de convecção acima do manto terrestre, complementou a Deriva Continental, levando a teoria à aceitação científica.
Alfred Wegener: geofísico e meteorologista alemão, proponente da teoria da Deriva Continental em 1912.
Pois bem, quem são esses tais Mesossauros?
Os mesossauros viveram há cerca de 280 milhões de anos. Eles foram répteis de pequeno porte. Um fóssil adulto da espécie, por exemplo, dificilmente passa de um metro de comprimento.
O grupo dos répteis foi um dos primeiros a apresentar em sua evolução o âmnio. Mas o que isso significa? Significa que eles passam a se reproduzir independentemente de um ambiente aquático. Os anfíbios por exemplo só se reproduzem na água, com a evolução e a conquista do âmnio os répteis passam a poder se reproduzir em diferentes circunstâncias, sem depender da água.
O âmnio é uma membrana que surge como proteção do embrião. Com essa proteção, os répteis não dependem mais do ambiente de água para concluírem seu processo de reprodução, passando a se adaptarem melhor à vida no meio terrestre.
Os mesossauros tinham hábitos aquáticos e foram os primeiros vertebrados terrestres a voltarem a viver na água. Possuíam todas as adaptações necessárias para tal: corpo alongado e fino adaptado à àgua; cauda longa e comprida nas laterais que os dava impulso nos movimentos; pés espalmados e membranas interdigitais; entre outras adaptações. Acredita-se que eram nadadores habilidosos.
Reprodução da possível forma de um Mesossauro.
Esses animais se alimentavam de pequenos crustáceos marinhos e usavam seus grandes e numerosos dentes para filtrar a água para capturá-los.
Como já mencionado, os fósseis de mesosaurus foram um dos fatores de validação da teoria da Deriva Continental. Por isso sua ocorrência geográfica se dava no mar intercontinental da formação Irati-Whitehill. A Irati está situada na bacia do Paraná, abrangendo os estados do Rio Grande do Sul a Goiás, incluindo São Paulo, e a formação Whitehill na bacia de Karoo, na África do Sul. Os Fósseis de Mesossauros são relativamente abundantes nos dois continentes.
Até hoje já foram mapeadas três espécies da família Mesosauridae, são elas: Mesosaurus tenuidens, Stereosternum tumidum, e Brazilosaurus sanpauloensis. Essa última é uma espécie descrita por Shikama e Ozaki em São Paulo no ano de 1966 e é conhecida por ocorrer apenas em território brasileiro.
O Mesossauro do Muses
O Muses possui em acervo uma réplica de um fóssil de Mesosaurus tenuidens, feita pela Oficina de Réplicas da USP e que está disponível para visitação. A peça foi doada pelo prof. dr. em paleontologia e diretor da instituição, Rodrigo Figueiredo.
Essa espécie exposta no Muses, Mesosaurus tenuidens, foi descrita em 1865 por Paul Gervais, um zoólogo e paleontólogo francês.
A peça exposta no Muses se trata de um Mesossauro jovem, com pouco mais de 30 cm de comprimento. O exemplar original foi descoberto no município de São Mateus do Sul, no estado do Paraná, na região da bacia de Irati, tendo a idade aproximada de 250 milhões de anos.
A história dos Mesossauros e a forma como ela se relaciona com esse grande evento histórico que foi a Deriva continental evidencia a importância do registro fóssil nos mais diversos ramos da ciência, tendo um papel imprescindível nos estudos científicos ao apontar as mudanças e transformações que ocorreram e ainda ocorrem no planeta, já que os continentes, por exemplo, continuam se distanciando. A extinção desses pequenos seres aquáticos se deu há cerca de 283 milhões de anos.
A Pangeia e o Espírito Santo
Você consegue imaginar o Espírito Santo sem litoral, sem praias? Pode até ser algo difícil de se imaginar, mas essa era a realidade há cerca de 225 milhões de anos atrás, como já mencionado. Isso porque, o Espírito Santo como é conhecido hoje, rico em praias e com um lindo litoral, só passou a existir a partir do surgimento do Oceano Atlântico Sul, que nasce do fenômeno da Deriva Continental, do afastamento da América do Sul da África.
Antes desse fenômeno, a costa do Estado não existia, pois era ligada ao continente Africano. Não havia mar nos arredores capixabas. O litoral do Espírito Santo, como é conhecido hoje, só surge depois que as placas se movimentam, como visto com a Tectônica de Placas, desencadeando o fenômeno da Deriva Continental, fazendo com que a América do Sul se afastasse da África. Eventos naturais que agraciam o Espírito Santo com uma costa repleta de lindas praias. Antes desses eventos as terras capixabas eram apenas parte da Pangeia.
A enorme massa continental que era a Pangeia se manteve até o último Período do Paleozóico, por volta de 300 a 250 milhões de anos, quando começou a se fragmentar em duas partes: a porção norte, denominado Laurásia, que hoje forma os continentes da América do Norte, Europa, Ásia do Norte e Japão; e a porção sul, denominado Gondwana, com Antártida, América do Sul, África, Madagascar, Seychelles, Índia, Oceania, Nova Guiné, Nova Zelândia, e Nova Caledónia.
Divisão da Pangeia em Laurásia e Gondwana, pós Deriva Continental.
A Pangeia possuía características únicas, que só um supercontinente poderia ter, como por exemplo, ser rodeada de oceano por todas as margens, ou ter uma área terrestre imensa. Para se ter uma noção, a área correspondia a um total de XX Brasis. Neste supercontinente o clima era mais úmido nas bordas e extremamente seco no centro, com a ocorrência de verdadeiros desertos.
Ao longo das eras geológicas mais e mais rupturas foram ocorrendo e hoje ainda ocorrem. Pesquisas apontam que a cada ano o continente Americano se afasta cerca de 5cm do continente Africano. Se fizermos um cálculo rápido com base nessas informações podemos estimar que em 260 milhões de anos o Chile poderá estar 2 vezes mais próximo do Japão do que da Europa. Já pensou, ser mais rápido ir para o Japão saindo do Chile do que da Europa?