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Fauna bichos do mar

Proibição da caça das baleias

Baleia-jubarte

Vê esse esqueleto gigante? É do maior animal do Espírito Santo, a baleia-jubarte! Uma fêmea adulta pode chegar a medir 16 metros e pesar 40 toneladas e o filhote já nasce com cerca de quatro metros de comprimento e uma tonelada.

A peça foi doada por um hotel do sul da Bahia, próximo onde o animal encalhou e morreu, e faz jus à importância da baleia-jubarte para o Espírito Santo.

É na costa norte capixaba que tem início o Banco de Abrolhos, local preferido desses cetáceos no Brasil para se reproduzirem. Esse precioso berçário da vida marinha se estende até o sul da Bahia e é parcialmente protegida pelo Parque Nacional Marinho de Abrolhos.

A estimativa é de que cerca de vinte mil baleias visitem todos os anos o litoral capixaba na temporada reprodutiva, que vai de maio a novembro. Durante esse período, elas se mantêm em jejum, com exceção dos filhotes, que ingerem em média 100 litros de leite materno por dia.

Após seis a dez meses mamando, os filhotes também passam a se alimentar do krill (Euphasia superba), um minúsculo crustáceo abundante nos mares polares durante o verão, mas inexistente nas regiões tropicais.

Somente quando dominam a arte da captura do krill e se abastecem suficientemente, os filhotes acompanham suas mães no retorno às águas quentes onde nasceram, percorrendo, em um longo jejum, os quatro mil quilômetros de distância entre Abrolhos e Antártica, havendo ainda indivíduos que sobem até o Rio Grande do Norte, no extremo norte do país e outros que interrompem a viagem na altura do litoral de São Paulo.

Proteção mundial

O ano de 1986 foi marcante para a espécie em escala global, quando os países signatários da Comissão Baleeira Internacional (CBI) aceitaram a recomendação de uma moratória à caça da baleia-jubarte, para deter o avançado processo de extinção, que, calcula-se, já havia reduzido a população em 90% a 95%.

O consumo da carne de baleia é uma tradição milenar em países como Japão, Islândia e Noruega, mas o hábito já havia se enraizado em todo o planeta, incluindo o Brasil, onde os supermercados anunciavam os benefícios nutricionais da iguaria, como promoções que incentivavam um consumo crescente.

Quase trinta e cinco anos após a proibição, houve uma recuperação significativa da população, que saltou de 450 indivíduos na década de 1960, para os atuais quase vinte mil, já próximo da estimativa de 27 mil que havia no início do século XVI, quando a caça teve início no Brasil. Mas ela continua nas listas vermelhas de espécies ameaçadas de extinção, seja em nível mundial, nacionais ou estaduais. Na lista capixaba, ela está no status Vulnerável.

Com o fim da caça na maior parte do mundo e o crescimento sustentado das populações, as principais ameaças aos gigantes dos mares são as redes de pesca, especialmente contra os filhotes, as colisões com grandes embarcações e a crescente poluição do mar, havendo vários relatos de baleias encontradas mortas com centenas de quilos de lixo plástico em seu estômago.

Economia baleeira

No final de 2019, o Fundo Monetário Internacional (FMI) calculou em dois milhões de dólares (R$ 10 milhões em dezembro/2020) o valor econômico dos serviços ambientais gerados por uma baleia ao longo de suas seis a oito décadas de vida, principalmente devido à sua gigantesca colaboração para reduzir o aquecimento global – quando morrem levam para o fundo do mar 33 toneladas de carbono retirados da atmosfera – mas também em função da fertilização do oceano com suas fezes, o que favorece a multiplicação do plâncton, que por sua vez, é o principal produtor de oxigênio no planeta. Sem falar no turismo de observação de baleias.

O número ainda pode ser ajustado, a partir de mais estudos do FMI, mas sem dúvida já aponta para um valor muito superior ao de uma baleia morta, cujo aproveitamento era feito da carne e gordura (alimentação), do óleo (iluminação pública e construção civil), da farinha de osso (adubo na agricultura) e das barbatanas e outras cartilagens (espartilhos e outros acessórios).

No período em que o Brasil ainda era colônia de Portugal, o óleo era usado na iluminação, havendo uma carta dos Jesuítas à Coroa Portuguesa, afirmando que no Brasil não havia problemas de iluminação pois haviam muitas baleias. No Espírito Santo, há várias construções seculares que utilizaram óleo de baleia na argamassa, como as igrejas jesuítas e vários prédios mais antigos do Centro de Vitória.

Também em 2019, o Japão, um dos três países que nunca pararam de caçar o animal – Islândia e Noruega beneficiam-se de uma cota concedida pela CBI ao consumo de subsistência, também utilizado pelos esquimós do Alasca – sob a justificativa de fins científico, com consequente comercialização da carne dos animais estudados, decidiu intensificar a prática, retomando a caça comercial, com uma cota anual de mais de 220 baleias, das espécies bryde, minke e sei.

Felizmente, no Espírito Santo, ao contrário, o final da década de 2010 viu surgir uma atividade econômica que tem a baleia viva como principal ativo. Por meio do projeto Amigos da Jubarte, turistas podem se deslumbrar com o espetáculo das baleias em alto-mar, contratando passeios de barco, preferencialmente, por empresas parceiras do projeto.

A realização é das ONGs Instituto O Canal e Instituto Últimos Refúgios, com patrocínio da mineradora Vale e apoio da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Prefeitura Municipal de Vitória e Governo do Estado do Espírito Santo. Além do turismo ecológico, o projeto também prevê ações de caráter educacional, científico e cultural.


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