Líder da oposição absolutista ao regime liberal, na sequência dos golpes de estado Vila Francada e Abrilada, foi por ordem de seu pai, D. João VI, enviado para Viena de Áustria onde viveu exilado entre 1824 e 1826.
Com a morte do rei, em 1826, abriu-se a questão da sucessão ao trono. D. Pedro, o herdeiro que se tornara Imperador do Brasil, abdicou do trono português em nome da filha, D. Maria da Glória e, numa solução de compromisso, propôs o seu casamento com o irmão D. Miguel, tio da futura rainha. D. Miguel aceitou as condições do irmão e regressa a Lisboa, onde pouco tempo depois, se autoproclamou Rei rompendo com todos os compromissos acordados com D. Pedro.
Entre 1828 e 1834 ocupa o trono como rei absoluto, um período sangrento de guerra civil que o opôs ao irmão. Derrotado por D. Pedro, D. Miguel é definitivamente deportado do país em 1834, após a assinatura do Tratado de Évoramonte que põe fim à guerra civil.
Retrato do infante D. Miguel de Bragança. Johann Nepomuk Ender, Viena 1827. Palácio Nacional de Queluz
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