Ensino Superior

História da Universidade

Ditadura Militar e o movimento estudantil

Passados vários anos, diversas mudanças ocorreram na educação, devido ao surgimento da didática, ao aprofundamento de pesquisa e análises do assunto. O método de apresentar conteúdos, de dividir turmas, de manter uma relação professor-reitor-aluno, sofreu inúmeras transformações. Para além disso, emergiu então o movimento estudantil, que tomou força nacional após ser criada a União Nacional dos Estudantes (UNE).

Em 1945, houve o chamado Golpe Militar, que resultou em uma reação em cadeia de transformações políticas, econômicas e sociais, assim como a reforma do ensino. Após um determinado tempo, a classe média percebeu que uma grande possibilidade de ascensão seria dominando o sistema econômico e que isso somente seria possível com o ensino superior, então dessa forma, o número de inscritos aumentou de maneira significativa. Além do dito, a classe operária passa a exigir uma melhor qualidade de ensino, já que o mercado de trabalho estava solicitando melhores resultados.

A reforma na educação superior, se baseou no modelo de ensino americano, tanto em relação aos programas de pós-graduação, quanto no quesito graduação, utilizando conceitos abrangidos nos Estados Unidos. Contudo não se basearam em nenhuma teoria para tal reforma, nem questionaram professores e muito menos alunos, assim decidiram inserir um sistema norte americano, em um país subdesenvolvido, resultando assim em diversos problemas.

O movimento estudantil atuava de forma ativa e ilegal para a época, já que manifestações contra o modelo de governo era considerado como heresia para o estado. Lutando para melhores condições para alunos, sejam estas de apoio estudantil ou para a luta de vagas, das quais somente os mais afortunados conseguiam.

Graças a tal movimento, a população também aderiu a cobrança, ao ver os filhos da massa trabalhadora sendo barrado na tentativa de adentrar no ensino superior, passaram a questionar o que haveria de ser feito para modificar tal situação.

A reforma promulgada pelo Governo Federal em 1968 se tratava de um modelo conservador e que incorporava ideias e conceitos do movimento estudantil. E esse foi um dos principais motivos para ser bem aceito na época, assim implantou o sistema de institutos básicos, estabeleceu a organização do currículo em duas etapas: o básico e o de formação profissionalizante, decretou a flexibilidade curricular com o sistema de crédito e a semestralidade e estabeleceu o duplo sistema de organização: um, vertical, passando por departamentos, unidades e reitoria; outro horizontal, com a criação de colegiados de curso, que deveriam reunir os docentes dos diferentes departamentos e unidades responsáveis por um currículo.

“1968, o ano que não terminou” segundo Zuenir Ventura, foi um ano conturbado, repleto de repressão, guerra e manifestações, no mundo todo, havendo inúmeros assassinatos. Uma manifestação em maio de 68 na França, recebeu referência global, influenciando assim diversos países a lutarem pelos seus direitos e melhoras educacionais. Não diferente, o Brasil também teve manifestações, onde a pauta inicial era a reforma do ensino, contudo devido ao rígido sistema ditatorial dos militares, as manifestações resultaram em mortes, assassinatos e diversos desaparecimentos, causados pela repressão governamental. Então, naquele mesmo ano, os estudantes foram vencidos e a reforma realmente aconteceu e o novo modelo foi implantado, a partir de 1969, sob um regime político extremamente autoritário.


Ensino Superior

O ensino superior do tempo pós moderno, é comum, complexo e vive sofrendo transformações, contudo, quais transformações foram necessárias para que chegássemos a tal evolução educacional?