Palácio Nacional de Queluz (rascunho)

Biografia D. Pedro IV

Assinatura do Tratado de Évoramonte, no Alentejo, que põe fim à guerra civil e ao governo do rei D. Miguel.

Assinatura do Tratado de Évoramonte, no Alentejo, que põe fim à guerra civil e ao governo do rei D. Miguel.

Aos vencidos foi concedida a amnistia geral de todos os crimes políticos. D. Miguel é forçado ao exílio para sempre no estrangeiro, sendo-lhe concedida uma pensão anual. No dia seguinte, numa das suas últimas aparições públicas, D. Pedro é apupado no Teatro de S. Carlos, por alguns liberais radicais descontentes com os termos da rendição.

A notícia é dada no Suplemento nº 124 Crónica Constitucional de Lisboa, 27 de Maio de 1834, edição de 3ª feira:

Ill.mº e Exc.mo Snr.

Tenho a honra de acusar a recepção do officio de V.Exc. que acompanhava duas cópias das ordens que V. Exc.ª recebeu do Governo de Lisboa , bem como um masso de Proclamações, assignadas pelo Senhor D. Pedro, Duque de Bragança; e em resposta cumpre-me dizer-lhes que para evitar o derramamento de mais sangue Portuguez, se aceitam as Proposições que V. Excª me remeteu por cópia.

Como se permite ao Senhor D. Miguel ao embarcar em qualquer Porto, e embarcação das quatro Nações coligadas, ele escolhe o porto de Sines, ou outro qualquer no Algarve, e um Vaso Inglez; e espera saber se a Serenissima Senhora Infanta D. Isabel Maria, que se acha na Praça d’Elvas, o quer acompanhar.

(..)

Deus guarde a V. Excª Evora, 26 de Maio de 1834.

Biblioteca Nacional de Lisboa

Kssssse! Pédro – Ksssss! Kssssse! Miguel. Honoré Daumier. Litografia satírica para o jornal La Caricature, publicada a 11 de julho de 1833. O fim de uma guerra que teve como protagonistas dois irmãos, instigados por interesses políticos de outras nações. O espírito liberal representado pelo rei francês Luís Filipe apoia D. Pedro e o Czar Nicolau da Rússia, representando a Santa Aliança apoia D. Miguel. Biblioteca Nacional de Portugal | © BNP

Palácio Nacional de Queluz (rascunho)

Doação de Sintra pelo rei D. Dinis a D. Isabel de Aragão, a Rainha Santa. D. Afonso IV toma posse de Sintra, doando-a à rainha D. Beatriz, infanta do reino de Castela. Doação da Vila de Sintra por D. Fernando I a D. Leonor Teles, sua mulher. Provável início da campanha de obras promovida por D. João I no Paço Real, orientada pelo mestre João Garcia de Toledo, vedor das obras. D. João I recebe no Paço os espiões com informações sobre o porto de Ceuta, cuja conquista (1415) marcaria o início da expansão ultramarina. Nascimento de D. Afonso V no Paço, onde haveria também de morrer em 1481. Nuno Gonçalves, pintor régio de D. Afonso V, executa uma pintura do Pentecostes para o retábulo do altar-mor da Capela palatina. D. João II dá permissão aos moradores da vila para a realização da Festa do Espírito Santo na Sala dos Infantes, atual Sala dos Cisnes. D. João II nomeia João Cordeiro mestre de obras do Paço Real. Em Sintra, D. Manuel I recebe a notícia da descoberta do caminho marítimo para a Índia. Mestre Diogo Boitaca fornece trabalhos de pedraria ao Paço. D. Manuel I, a partir de 1510, manda erigir a Ala Manuelina. Diogo Teixeira realiza uma nova pintura do Pentecostes para o retábulo do altar-mor da Capela palatina, substituindo a de Nuno Gonçalves. Morte de D. Afonso VI, ficando em câmara ardente na Sala das Pegas. Grande campanha de obras de restauro no Real Paço de Sintra, supervisadas pelo arquiteto José Manuel de Carvalho e Negreiros. A rainha D. Maria II e D. Fernando II passam o verão no Paço. Estadia do príncipe D. Luís Filipe e do infante D. Manuel no Palácio, em crianças. O Conde de Sabugosa escreve O Paço de Cintra, primeiro “roteiro” do Palácio, ilustrado com desenhos da rainha D. Amélia. A UNESCO classifica Sintra como Paisagem Cultural-Património Mundial da Humanidade. A Parques de Sintra assume a gestão do monumento.
D. João IV cria a Casa do Infantado, que integra a Casa de Campo de Queluz, antiga propriedade dos Marqueses de Castelo Rodrigo. D. Pedro, terceiro senhor da Casa do Infantado, inicia as obras de transformação da Casa de Campo de Queluz num Palácio de verão. D. Pedro casa com a sobrinha, que ascende ao trono (1777) como D. Maria I. Morte de D. Pedro III. O Príncipe Herdeiro D. José morre dois anos depois. D. João VI é aclamado Príncipe Regente após declaração de incapacidade mental de D. Maria I. Transferência da Corte para o Rio de Janeiro na sequência da invasão de Portugal pelas tropas napoleónicas. Regresso da Corte procedente do Rio de Janeiro, após a revolução de 1820. D. Pedro, o filho mais velho de D. João VI, que ficara no Brasil como Regente, proclama a independência deste território, tornando-se o primeiro Imperador do Brasil. A morte de D. João VI desencadeia o problema da sua sucessão. D. Pedro abdica do trono em favor da filha, D. Maria II. D. Miguel, tio de D. Maria II, faz-se aclamar Rei absoluto de Portugal. D. Pedro abdica do império do Brasil no seu filho mais novo (D. Pedro II do Brasil) e volta a Portugal para lutar pelo direito da filha ao trono. Guerra civil. Vitória dos liberais sobre os absolutistas e ascensão de D. Maria II ao trono. O Palácio é cedido por D. Manuel II à Fazenda Nacional e torna-se propriedade do Estado. Proclamação da República e classificação como Monumento Nacional. Na noite de 4 para 5 de outubro deflagra um incêndio que afecta sobretudo a zona do Pavilhão Robillion e Sala dos Embaixadores. Na sequência da campanha de restauros do pós-incêndio, o Palácio abre ao público de forma sistemática. A Parques de Sintra assume a gestão do monumento. Início das intervenções de recuperação do Palácio Nacional e Jardins de Queluz.
Preparativos para o nascimento de D. Pedro Nascimento, no Quarto D. Quixote do Paço Real de Queluz, às 6h30 da manhã, de D. Pedro d’Alcântara de Bragança Batizado de D. Pedro na Capela Real de Queluz José Monteiro da Rocha, Conselheiro do Príncipe Regente D. João, é nomeado Mestre do príncipe D. Pedro, e dos infantes, entre 1801 e 1807, ano da saída da corte para o Brasil Morte do príncipe D. Francisco António Pio. Sucede-lhe como herdeiro do trono, seu irmão D. Pedro, Príncipe da Beira Os infantes apanham sarampo O general Lannes, embaixador francês em Lisboa, exige o encerramento dos portos portugueses à navegação inglesa D. Pedro apanha lombrigas Jean-Andoche Junot, ajudante de campo de Napoleão, é nomeado embaixador de França em Lisboa Bloqueio Continental Napoleão ordena o encerramento dos portos portugueses à Inglaterra Assinatura do Tratado de Fontainebleau Partida da Família Real para o Brasil Junot entra em Lisboa Chegada da Família Real ao Brasil O General Arthur Wellesley, futuro Duque de Wellington, chega a Lisboa para assumir o comando das forças portuguesas e inglesas Segunda invasão francesa Retirada do Marechal Soult do Porto Início da terceira invasão francesa, sob as ordens do Marechal André Massena Batalha do Buçaco O exército francês é obrigado a retirar perante as “ Linhas de Torres” O exército de Massena retira-se de Portugal Congresso de Viena Criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves Morte da Rainha D. Maria I, avó de D. Pedro de Alcântara, aos 81 anos no Rio de Janeiro. D. João VI sobe ao trono do Reino Unido de Portugal, do Brasil e Algarves D. Pedro recebe o título de Príncipe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves Reprimidas conspirações liberais no Brasil e em Portugal D. Pedro casa no Rio de Janeiro com D. Leopoldina Josefina Carolina, Arquiduquesa de Áustria D. João VI é aclamado Rei no Rio de Janeiro Nasce no Rio de Janeiro a princesa D. Maria da Glória (futura D. Maria II), filha de D. Pedro e de D. Leopoldina. Nasce no Rio de Janeiro, D. Miguel, filho de D. Pedro e de D. Leopoldina. Revolução liberal de 1820 Nasce no Rio de Janeiro, D. João Carlos, filho do príncipe D. Pedro e de D. Leopoldina, que recebe o título de Príncipe da Beira. D. João VI nomeia o príncipe D. Pedro regente do Brasil e seu lugar-tenente. A Corte parte do Brasil para Portugal D. João VI desembarca em Lisboa e jura as bases da Constituição As Cortes Portuguesas exigem o regresso de D. Pedro a Portugal D. Pedro recebe no Brasil a notícia dos decretos das Cortes Portuguesas que exigiam a sua volta à Europa e anulavam quase todas as leis anteriores que igualavam o Brasil a Portugal Episódio do Fico. D. Pedro promete permanecer no Brasil, apesar das ordens em contrário. Morre no Paço de São Cristóvão no Rio de Janeiro, D. João Carlos, o príncipe da Beira, com cerca de um ano. Nasce no Paço de São Cristóvão no Rio de Janeiro a Infanta D. Januária, filha de D. Pedro e de D. Leopoldina, cognominada Princesa da Independência. D. Pedro, Regente Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil. O Grito do Ipiranga. D. Pedro proclama a independência do Brasil nas margens do Ipiranga, próximo de São Paulo. É aprovada em Portugal a Constituição, que prevê o regresso do Brasil à condição de colónia. D. João VI jura Fidelidade à Constituição liberal. A rainha D. Carlota Joaquina, absolutista convicta, recusa-se a prestar juramento. D. Pedro é aclamado Imperador Constitucional do Brasil D. Pedro é coroado na Capela Imperial como Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil. Nasce no Paço de São Cristóvão do Rio de Janeiro, a princesa D. Paula Mariana, quinta filha do Imperador do Brasil e de D. Leopoldina Golpe de estado absolutista, Vilafrancada. D. Pedro I outorga a Carta Constitucional do Brasil Golpe de estado absolutista, Abrilada, liderado por D. Miguel Nasce no Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, D. Francisca Carolina, sexta filha de D. Pedro e de D. Leopoldina D. João VI reconhece a independência do Brasil. Nasce no Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, D. Pedro (futuro D. Pedro II), sétimo filho de D. Pedro e de D. Leopoldina D. João morre em Lisboa, no Real Palácio da Bemposta É outorgada por D. Pedro uma Carta Constitucional aos portugueses D. Pedro abdica de coroa de Portugal em favor de sua filha D. Maria da Glória e determina o seu casamento com o tio D. Miguel D. Miguel jura a Carta Constitucional em Viena, onde se encontrava exilado, e aceita o casamento com D. Maria da Glória, sua sobrinha É assinado o acordo de casamento entre D. Miguel e D. Maria da Glória Morre no Rio de Janeiro, D. Leopoldina, Imperatriz do Brasil e Rainha de Portugal D. Pedro IV nomeia D. Miguel seu lugar-tenente e regente do reino de Portugal, durante a menoridade de sua filha D. Miguel desembarca em Lisboa, procedendo de Inglaterra, a bordo da fragata portuguesa, A Pérola Jura fidelidade a D. Maria e à Carta Constitucional, e assume a regência do reino D. Miguel dissolve a Câmara dos Deputados D. Pedro nomeia uma junta provisória para reger o reino durante a usurpação de D. Miguel D. Maria da Glória parte do Brasil para a Europa D. Miguel toma posse da Coroa de Portugal como rei absoluto O rei Jorge IV de Inglaterra recebe D. Maria da Glória como Rainha de Portugal É assinado em Munique na Alemanha, pelo marquês de Barbacena, o tratado matrimonial de D. Pedro com D. Amélia Augusta Eugénia Napoleão Beauharnais Batalha da Vila Praia na ilha Terceira, Açores D. Maria da Glória parte para o Brasil, em Portsmouth, na fragata Imperatriz, juntamente com D. Amélia e o príncipe Augusto de Leuchtenberg D. Amélia e D. Maria da Glória chegam ao Brasil Realiza-se na Capela Imperial a cerimónia religiosa do casamento de D. Pedro com D. Amélia Morre no Real Paço Queluz, D. Carlota Joaquina, mãe de D. Pedro IV e de D. Miguel. Palmela chega à ilha Terceira e instala a regência em nome de D. Maria II D. Pedro I abdica da Coroa Imperial em favor do seu filho, D. Pedro II, e adopta o título de Duque de Bragança D. Pedro, Duque de Bragança, deixa o Brasil e parte para a Europa para defender os direitos da filha, na companhia de D. Amélia e de D. Maria da Glória D. Pedro e a família desembarcam em Cherburgo, na Normandia, França Os liberais dominam a ilha de S. Miguel Nasce em Paris, D. Maria Amélia, a única filha de D. Pedro e da sua segunda mulher D. Amélia Beauharnais Organizada a expedição, D. Pedro parte de Belle-Isle, na Bretanha (França), para os Açores D. Pedro desembarca em Ponta Delgada, juntando-se aos liberais que aí se encontram D. Pedro, parte da cidade de Angra para S. Miguel à frente da expedição liberal, com destino ao Porto, a fim de repor no trono a sua filha D. Maria II D. Pedro desembarca no Mindelo, perto do Porto Ataque fracassado do exército miguelista D. Miguel visita as tropas sitiantes do Porto Regressado do exílio, o Conde de Saldanha chega ao Porto O Marquês de Palmela e o Almirante Napier chegam ao Porto, com reforços. Batalha naval junto do Cabo de S. Vicente O exército liberal entra em Lisboa. D. Pedro desembarca em Lisboa vindo do Porto Convocação das Cortes em Nome de D. Maria II D. Maria II chega a Lisboa, vinda de França acompanhada da madrasta, D. Amélia, e da irmã D. Pedro, Duque de Bragança, assume a regência do reino de Portugal durante a menoridade de D. Maria II D. Miguel retira-se para Santarém após a vitória liberal D. Maria da Assunção, vítima de cólera, morre em Santarém para onde se deslocara acompanhando seu irmão D. Miguel É assinado, em Londres, o Tratado da Quadrupla Aliança, entre D. Pedro, Regente de Portugal, Jorge IV do Reino Unido, Luís Filipe de França e Maria Cristina, regente de Espanha
Assinatura do Tratado de Évoramonte, no Alentejo, que põe fim à guerra civil e ao governo do rei D. Miguel.
D. Miguel embarca para o exílio no porto de Sines, na fragata britânica Stag com destino a Génova Decreto de abolição das ordens religiosas Juramento da Carta Constitucional pelo Regente Duque de Bragança em nome de D. Maria II D. Pedro regressa a Queluz Decretada pelas Cortes a maioridade da rainha D. Maria II, com a idade de 15 anos D. Maria II, no seu primeiro ato de governação, condecora o pai no Palácio Real de Queluz com a Grã-Cruz da Torre e Espada D. Pedro, Duque de Bragança, morre no Quarto D. Quixote do Palácio de Queluz, o mesmo quarto onde nascera