SOLAR DE SANTANA

Historia de Lisboa e de Portugal

BARROCO

Barroco (1670 - 1755)

O ano de 1697 é uma data importante para a arquitectura portuguesa. Foi nesse ano que foi descoberto em Minas Gerais, no Brasil, ouro, pedras preciosas e diamantes. A extracção desses materiais enriqueceu muito a coroa portuguesa, que aplicava impostos altíssimos pela sua exploração. Este acontecimento tornou Portugal no país mais próspero e rico da Europa do século XVIII. O rei D. João V tentou rivalizar com o rei francês Luís XIV, o Rei Sol, construindo o maior número possível de edifícios luxuosos. O rei português, ao contrário de Luís XIV, não tinha disponíveis arquitectos nacionais para executar os seus planos megalómanos. Portanto, o muito dinheiro vindo do Brasil serviu para contratar arquitectos que projectaram inúmeras obras, tendo algumas delas nem chegado ao fim.

O Palácio de Queluz.

O Convento de Mafra é um dos edifícios barrocos mais sumptuosos do país. Este monumental complexo de infra-estruturas religiosas foi desenhado por Johann Friedwig Ludwig (conhecido em Portugal por João Frederico Ludovice). O projecto de Ludovice tenta sintetizar a Basílica de São Pedro, na Cidade do Vaticano, a Igreja de Sant'Ignazio, em Roma e o Palazzo Montecitorio, num só edifício. Isto deveu-se ao desejo do rei de ter a Cidade Eterna à beira do rio Tejo.

Outras obras importantes:

Aqueduto das Águas Livres (1729 - 1748) em Lisboa, de Manuel da Maia, Antonio Canevari e Custódio Vieira. Fornecia água à cidade aliado a muitos chafarizes desenhados pelo húngaro Carlos Mardel.

Quinta de Santo Antão do Tojal (1728 – 1732) do arquitecto italiano Antonio Canevari.

Palácio das Necessidades (1750) de Caetano Tomás de Sousa.

Palácio de Queluz (1755 – 1758) de Mateus Vicente de Oliveira, Manuel Caetano de Sousa e Jean-Baptiste Robillon. É um dos melhores exemplo do barroco em Portugal apesar da sua fachada ter alguns pormenores no estilo rococó.

Teatro real da Ópera do Tejo (1755 - 1755) de Giovanni Carlo Sicinio Galli da Bibbiena (1717-1760). Inaugurado a 31 de Março de 1755 com a ópera Alessandro Nell'Indie de Pietro Metastasio e música do compositor napolitano David Perez. Foi destruído no dia 1 de Novembro de 1755 em consequência do Terramoto de Lisboa.

Palácio de Queluz